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terça-feira, 31 de julho de 2018

Qual a maior realidade? A que vejo ou a que sinto?


O mundo é volátil demais. A volatilidade do pensamento, do sentimento. A volatilidade de um momento. Tudo o que eu senti pode ser nada, nada junto com meus pensamentos. O que é a fé? A esperança? Parece tudo tão tolo, pois pode ser uma crença em nada. E do que falo, ninguém imagina. Ninguém que não possa ler meus pensamentos e enxergar meus sentimentos. O que pensam os que podem? O que pensam de mim pensando isso?  Eu adorava me conectar com você, te sentir perto. Era bom sentir que tocava sua alma, que te conhecia. Agora eu desisti disso. O que eu vejo me desaponta, mesmo sem saber se é real. Qual a maior realidade? A que vejo ou a que sinto? Sempre será minha eterna pergunta. Eu queria fazer essa pergunta a você, mas você existe? Esta, uma das segundas maiores perguntas. A esperança ainda me faz chorar, isso não pode ser algo bom. Às vezes acho que estou louca... Sou louca se acho que estou louca? Dizem que os loucos não se acham loucos. Então não sou louca? Se não sou louca, minha loucura é real, mas não é loucura. Eu sinto que você apreciaria esta conversa, eu vejo seus sorrisos. Eu sorrio e me sinto louca. Ah... Meu mundo louco é tão bom.
Algo me diz para abandonar isso tudo porque é loucura. Qual parte de mim me diz isso? Eu tenho medo de descobrir. Mas tenho mais medo de nunca saber qual parte é real.

Manoela Brum

quinta-feira, 17 de maio de 2018

"Only the weak are not lonely"

Não gosto de pessoas fracas. Pessoas fracas não sabem se aceitar, não sabem sequer serem elas mesmas. Se fazem como os outros a aceitarão porque elas mesmas não são capazes de se aceitar. 
Pessoas fracas tem medo de ficarem sozinhas, por isso conversam com muitos, são todo sorrisos, mantendo sua mente ocupada pelo que seus ouvidos ouvem o maior tempo que puderem do dia. 
Maquiagem, risos e sorrisos apenas servem para esconder dos outros o que elas mesmas não conseguem aceitar ao olhar no espelho. 
Pessoas fracas não sabem pensar. Não gostam de pensar. Se escondem atrás de uma personalidade burra por não quererem pensar sobre si mesmas. É mais fácil dizer que não sabe do que resolver a situação. 
Primeiro você ri, depois sente pena e então chora. Como viver num mundo estúpido de pessoas fracas? Como essas pessoas conseguem viver? Como elas tem forças para andar? Se pudessem enxergar suas fraquezas, morreriam de desgosto. Sequer teriam mais forças para respirar. 
Usam essas fraquezas para fugirem de suas verdades, sem perceber que o desenho resultante é infinitamente mais desprezível.

De figuras miseráveis tão grandes seres poderiam se tornar, simplesmente sendo capazes, primeiro, de olhar para suas torpezas. Não é tão difícil. Basta ser íntegro o suficiente para aceitar responsabilidades e consequências. Só assim se é capaz de olhar para o espelho e ver a beleza das torpezas tão cuidadosamente cultivadas.

Manoela Brum

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Apenas deseje o horizonte

A eterna angústia do ver e do sentir. Eu gosto do que vejo e gosto do que sinto. Mas está longe.
Tão belo o horizonte e tão distante. A imponência de seu ser estarrece e assusta. Apresenta-se com imagens que seduzem. As mais atraentes cores, os mais atraentes perfumes. A mais perfeita armadinha. O horizonte é muito longe. Ele está lá para ser admirado, jamais alcançado. Ele está lá para inspirar. Tomar a mente, encantar o espírito, arrebatar a alma. Jamais para ser objetivo. Para ser protagonista em sonhos e poemas. Para gerar sentimentos, jamais para realiza-los.

E a cada findar de dia um sussurro apenas animará a sua fronte:
- Apenas deseje o horizonte.

Manoela Brum