“Todo aquele grande coração, deitado quieto, morrendo lentamente.
Todo aquele grande coração, deitado quieto, nas asas de um anjo.”
Todo aquele grande coração está
morrendo lentamente. E está morrendo sob as asas do anjo que voa para longe. O
anjo para o qual eu o dediquei. O anjo que se escondeu atrás de tua imponência.
Havia apenas uma coisa que era
importante, a mais grandiosa e mais bela. Este anjo que eu vi, este que sorriu
para mim, ele tentou sair. Ele tentou sair através de suas lágrimas. Eu sei, é
difícil ser forte. Foram poucas as vezes que o pude tocar, foram poucas as
vezes que o ouvi falar. Tentando ser forte prendeste-o dentro de ti, sem ver
que a maior força ele te daria se o deixasses sair.
Te afundes o mais longe que,
perdida, quiseres ir. Um dia terás de libertar o anjo que há dentro de ti. Um dia, como outra sombra ou talvez a mesma, eu estarei lá para ajuda-lo a sair.
Ainda escuto aquela voz ressoando
no ar: Obrigada por, do que realmente importa, sempre lembrar.
Manoela Brum
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