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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

...

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Sim eu queria gritar.
Mas gritar para quê, se não resolveria nada?
Se gritar não me daria momentos que eu quero,
E os que não quero, também não me tiraria?
Para que gastar tempo, voz e energia por algo que não adiantaria?
Há os que dizem que nada é em vão.
Mas para que serviria um mero momento de demência passageira?
Para escrever um poema talvez...
Mas isso continua não mudando nada.
Agora minha gata arranhou um cachorro da rua,
E meus cachorrinhos estão desesperados latindo...
...que queridos...!
Nos últimos dias,
Eu tenho visto mais graça em ser um animal...
Pois, talvez a irracionalidade seja mais divertida do que a humanidade atual.

sábado, 17 de setembro de 2011

O trágico quadro de quem passa a vida buscando reconhecimento

Assisti na noite passada mais um episódio da série “CSI Investigação Criminal”. O episódio de ontem mostrou o trágico quadro de alguém que passou a vida toda buscando reconhecimento por suas obras e, não conseguindo jamais, apelou para a prática de matar pessoas transformando-as em "arte". O que o vivente fazia era pegar pessoas que segundo ele não eram nada e transformá-las em algo belo, como disse, matando-as com ataque cardíaco em decorrência de asfixia por uma solução com gás carbônico; dessa forma, as pessoas morriam e tinham seus músculos enrijecidos. Ficavam, então, por dez horas na posição em que haviam morrido. Assim, o artista assassino os modelava da forma como queria, com posições naturais, do dia a dia. Sua arte, segundo ele, era para que ele fosse lembrado, pois ele havia passado a vida inteira buscando reconhecimento e nunca havia conseguido. Agora, ele o teria conseguido.
A questão que venho comentar é o extremo que chegam as pessoas que buscam reconhecimento em tudo o que fazem. Argumentariam alguns que é necessário o reconhecimento por nossas ações e obras, pois isso estimula a continuidade do trabalho. Sem dúvida é agradável recebermos reconhecimento por nossas obras, mas isso é realmente necessário? Um dos grandes gênios da nossa história se incomodava com isso e dizia que sua maior qualidade era “trabalhar muito e ser teimoso como uma mula”, palavras dele. Sim amigos, estamos falando de nosso querido Albert Einstein, um homem de jamais quis reconhecimento, que deixou o que deixou para a humanidade por simplesmente achar que o universo dos infinitamente pequenos não era exatamente como as fórmulas de até então determinavam. Mas ele jamais quis reconhecimento, jamais quis dinheiro pelo que fazia; ele, que quando foi trabalhar nos estados unidos, respondeu, quando lhe perguntaram o que precisaria em seu escritório para trabalhar: “Uma escrivania ou mesa, uma cadeira, lápis e papel. Ah, e um grande cesto de lixo, para que eu possa jogar nele todos os meus erros”. Este homem, meus amigos, passou grande parte de sua vida às ocultas, trabalhando e tendo como lazer o estudo das magníficas leis naturais. Por mais ou menos metade de sua vida ele não obteve reconhecimento algum, e isso o desanimou? Isso o revoltou contra a humanidade? De forma alguma. Ele apenas fazia o que gostava, e com certeza, o que fora, soberanamente, designado para fazer. Mas e nós? O que faríamos se trabalhássemos uma vida inteira e não obtivéssemos reconhecimento algum sobre nossas obras?
Trouxe aqui, dois exemplos: o primeiro, uma mente doente que passou sua vida buscando o reconhecimento e chegou a um ponto obsessivo; e o segundo, um grande homem que viveu sua vida da forma mais genial que pudesse viver, deixou algo grandioso para a humanidade, mas nunca deixou sua humildade e sua preocupação social de lado. Um exemplo para todos nós.
Então, caros leitores, não passemos nossa vida esperando algo dos outros, reconhecimento ou qualquer ação que seja, sejamos humildes acima de tudo, e vivamos nossa vida com o desprendimento necessário para cumprirmos o que temos de cumprir, seja a grande missão da chefia de um lar e a formação de homens de bem, seja a igualmente grande missão de governar um país ou deixar/iniciar algo de bom para a sociedade.
Manoela Brum